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Ter uma graduação é uma necessidade


Os cargos mais cobiçados no mercado de trabalho, exigem uma coisa que nem todos que almejam a vaga tem: qualificação. A qualificação tem ido além da experiência e de alguns cursos relacionados a área. Muitas das vagas são para quem tem ou está cursando o Ensino Superior.

Os cursos de graduação estão diretamente ligados a salários maiores dentro das organizações, assim como a ocupação de cargos estratégicos e de confiança. Os estudos, aliados a nossas experiências e competências nos colocam um degrau acima.

Quando crianças a maioria de nós é incentivado a estudar. Nossos pais conferem a nossa lição de casa, nos encorajam frente as matérias que temos dificuldade e dentro da escola com o auxílio dos professores vamos desenvolvendo nossas habilidades e áreas de interesse. Essas áreas são decisivas na hora de escolher uma profissão e o que nos motiva e encanta com relação a ela.

Nessas horas nos parece meio óbvio que fazer uma graduação é preciso para alcançarmos grandes cargos e obtermos sucesso profissional, mas nem todas as pessoas pensam que uma graduação pode levá-las a chances melhores, seja por falta de oportunidade, condições ou por simplesmente achar que não precisa ou que não pode.

Há cerca de 200 anos a família real portuguesa chegou ao Brasil e foi associada ao conceito de escolas de ensino superior. Essas primeiras escolas foram fundadas em Salvador e no Rio de Janeiro inicialmente voltadas à medicina e cirurgia,.Apenas depois de seis anos foram ofertados os cursos de agricultura e foi implantada a Real Academia de Pintura e Escultura. Foram nos anos 90 que o ensino superior se popularizou e teve avanço com relação à procura pela população, principalmente nas redes privadas de ensino. Dessa forma, as instituições de ensino superior precisaram se especializar e oferecer cursos que atendessem as necessidades tanto do graduando, quanto da população atendida pelo mesmo.

Precisaram estar dentro de todas as exigências governamentais e relacionadas ao Ministério da Educação (MEC), que exige alto padrão de corpo docente, estrutura e profissionalização, criando assim a preferência dos acadêmicos por algumas universidades e a busca das mesmas por melhorias e por maior oferta de cursos e oportunidades.

O mercado de trabalho tem sido extremamente exigente quanto a contratação de profissionais e tem preferência por pessoas graduadas ou que tem cursos de especialização que suprem as necessidades da área e da empresa. O que precisa ficar claro é que hoje os profissionais que tem qualificação e cursos, estão muitos passos à frente dos seus concorrentes que já tem carga de experiência na área. As vivências são muito importantes e estão diretamente ligadas ao poder de resolução de conflitos e em uma resposta de ação rápida e assertiva na resolução de problemas e isso só se conquista com maturidade profissional e estando ativo no mercado de trabalho.

Embora algumas empresas ainda prefiram contratar um profissional com experiência por conta do tempo de treinamento e demanda de trabalho, eles vão incentivar essa pessoa a buscar uma graduação, para tornar-se de fato especialista em sua área. Precisamos então, fazer cair por terra esse mito de que no mundo automatizado e digital atual não é necessário ter uma graduação. 

Cada profissão exige um tipo de especialização e tem seus desafios. E antes de definir qual carreira irá seguir, é importante ter um objetivo bem definido. Se você deseja ser técnico eletricista, não há uma necessidade em fazer engenharia elétrica, por exemplo. A escolha de um curso de graduação, curso técnico ou pós-graduações, mestrados e doutorados, variam de acordo com o seu objetivo de vida e seus interesses.

Isso não quer dizer que você não precise se desafiar, estudar e tornar-se referência no que faz, apenas significa que nem todos tem os mesmos objetivos e que existe campo de trabalho para várias áreas e especializações.

Não existe uma carreira de sucesso sem muito estudo e esforço. A entrada nas universidades é elitista desde sempre. Quem tem acesso a uma melhor educação de base, consegue concorrer de forma mais tranquila e segura às vagas de grandes universidades públicas, fazendo com que os demais busquem alternativas diferentes junto a universidades particulares, ou desistam de realizar um curso de graduação ou especialização, por terem a concepção de que não são capazes de realizá-lo.

Pensando nisso, os conceitos e formatos das Instituições Universitárias (universidades, universidades especializadas e centros universitários) e Instituições Não Universitárias (centros federais de educação tecnológica, centros de educação tecnológica, faculdades integradas, faculdades isoladas e institutos superiores de educação), mudaram muito e se adequaram aos novos acadêmicos e a sua realidade, disponibilizando novos formatos de concorrência a vagas e novas modalidades de ensino para pessoas que tem esse sonho, como é o caso dos cursos a distância que possibilitam que o acadêmico estude em qualquer lugar e qualquer hora, adequando-se a sua rotina e possibilidades.

É clichê salientar que quanto maior o nível de instrução profissional de uma pessoa, melhores as chances de conquistar um trabalho onde possa construir uma grande carreira e ter sucesso financeiro, porém para alcançar essa vitórias é preciso fazer jus ao diploma que possui e ter conhecimento suficiente para desempenhar a profissão. A taxa de ingresso na universidades, por parte de concluintes do ensino médio é muito baixa de 15% a 20%, havendo muita demanda pela busca de profissionais qualificados. Isso está diretamente ligado ao desenvolvimento do país, com o aumento da qualificação da população aumenta o nível de cultura e distribuição de renda, assim como a desigualdade salarial e social diminui.

Em 2016 a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apresentou um relatório que mostrou o impacto da educação superior no mercado de trabalho brasileiro. Um trabalhador que possui escolaridade abaixo do ensino médio recebe um salário cerca de 34% abaixo da média nacional, enquanto um que possui graduação tem um salário 129% acima da média e um que possui especialização como mestrado e doutorado tem salário de 334% acima da média nacional. Esse relatório revele ainda que a cada 100 brasileiro, apenas 14 chegam ao ensino superior.

A média dos demais países analisados é de 35 a cada 100 adultos (35%), assim o Brasil fica atrás de países como Chile, Colômbia, Costa Rica e México. As taxas de desemprego brasileiras são altas e estão mais presentes nas regiões Norte e Nordeste no país, onde a oferta relacionada ao ensino superior é decadente em regiões pobre e afastadas dos grandes centros. Para que um profissional cresça, tenha um emprego e um salário que lhe permita boas condições de vida, é preciso que antes de tudo ele tenha oportunidades igualitárias de ensino, tanto na educação básica, quanto na educação superior.

O incentivo para que as pessoas estudem deve vir tanto do estado, quanto das organizações privadas. Se um profissional se especializa e cresce, ele só tem a contribuir com a organização onde trabalha e com o país onde vive. O conhecimento agrega valor e muda realidades.

 

Larissa Lucian


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