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Coronavírus, e agora? - Andréia Baldissera


Tem muita informação, mas mais ainda especulação! Verifique a legitimidade do que recebe e do que repassa e cuide-se!

É um vírus novo, apareceu pela primeira vez na China no final de 2019. Por isso: COVID-19! O vírus tem um período de incubação de até 14 dias, mas na maioria se manifesta entre 3 a 5 dias e em aproximadamente 80% das pessoas a infecção não é grave. E em até 5% a doença é MUITO grave, com insuficiência respiratória.

Indivíduos de todas as idades podem adquirir a doença. Não há predileção por sexo. O risco é maior em pacientes com idade avançada ou comorbidades (diabetes, doenças cardíacas, doenças pulmonares, hipertensão e câncer), pois nesses a gravidade e a letalidade são maiores.

Nas manifestações graves, a pneumonia é a mais comum. Nos casos não-graves, nada específico a distingue de outras gripes e resfriados. Os sintomas incluem: febre, fadiga, tosse, falta de apetite, dor no corpo, secreção nasal, dor de garganta. As complicações (quando surgem) aparecem em torno de 7-8 dias após as primeiros sintomas, frequentemente com sinais de dificuldade respiratória. O tempo de recuperação é em torno de 2 semanas para quadros leves e varia de 3-6 semanas para os quadros mais severos.

Conforme determinação do ministério da saúde NÃO devem ser feitos exames para as pessoas com sintomas gripais leves. Pode ser que seja coronavírus? Pode. Faz diferença no tratamento dessa pessoa? Não. O Brasil e o mundo não estão dando conta de produzir material para os testes em tão grande número, então será priorizado fazer detecção do vírus nos casos GRAVES!

A pessoa contaminada deve manter-se isolada de outros pessoas e animais por 14 dias. Quando estiver na presença de outras pessoas o doente precisa usar máscara! É importante também a desinfecção frequente das mãos, mas também de superfícies. Não tocar o rosto ou cumprimentar as pessoas através de contato físico!

Nos pacientes internados o principal tratamento é o suporte adequado de oxigênio. Embora esteja sendo testado várias opções de medicamentos para o tratamento desse vírus até o presente momento não há consenso ou estudos conclusivos sobre o uso desses. Não sabemos o que funciona, mas tem-se uma ideia do que não funciona: não se deve fazer uso de corticoide ou anti-inflamatórios para tratamento de Covid-19. O uso desses medicamentos tem correlação com quadros mais graves!

Muitos estudos têm sido realizados e muitas medidas foram tomadas nos países desde o início da pandemia, dentre as medidas mais efetivas está o isolamento social! O vírus é altamente contagioso. E embora a proporção de quadros graves pareça pequena, como atinge muitas pessoas é um número muito elevado. Pense numa população de 100.000 habitantes, se todos se infectaram, eu falei que “só 5%” ficaram críticos... seriam necessários 5 mil leitos de UTI. Não podemos deixar que todos se infectam, não podemos deixar que sejam todos ao mesmo tempo!O ideal é  não procurar os pronto/atendimentos, hospitais, centros de saúde, a não ser que haja uma real necessidade. Se você estiver apresentando tosse, coriza ou quaisquer sintomas respiratórios: não saia de casa a não ser para buscar atendimento “se” e “quando” for necessário e nesse caso USE máscara!

Andreia Elisa Baldissera
Médica Pediatra  - CRM 17714
andreiabaldissera@gmail.com


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