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Três palavras, um sentimento


São três palavras simples, pequenas e de fonética fácil. Mesmo sendo simples, elas são ditas por muitos, com muita dificuldade. Elas não saem de forma natural, como deveria ser. Alguns morreram sem nunca conseguir dizer. E outros a espalham como se dissessem: bom dia! Elas deveriam ser direcionadas a todos por quem temos grande apresso. Às vezes essa combinação vem em forma de outras pequenas frases, que demonstram cuidado e carinho extremo. Eu lhe incentivo, não é difícil. Não vai doer nada. Falemos juntos: Eu te amo! 

Você lembra qual foi a última vez que disse: “Eu te amo”, para as pessoas que você gosta muito? Você é capaz de se recordar, quantas vezes ouviu um sincero e sonoro: “Eu te amo”? Eu não sei  qual sensação essa frase lhe causa e quais lembranças (boas ou ruins), ela lhe faz recordar, mas eu sei que essa é uma frase necessária, capaz de melhorar dias e alterar o curso da história. 

O ano de 2019 já começou muito difícil. Em meio a tantas tragédias e catástrofes, é impossível não sensibilizar-se e praticar a empatia com milhares de famílias que perderam seus entes queridos e seus pertences. Nada nesse mundo, dói mais do que perder quem se ama em questão de segundos. Em meio a tanta dor, pairam inúmeras perguntas. A maior delas é: Por que sentimos tanta dificuldade de dizer: eu te amo? 

Nós não sabemos onde e por quem essa frase foi criada, mas sabemos que ela tornou-se universal e é sem dúvida a frase mais poderosa do mundo. Se observarmos bem as gerações mais antigas, como a dos nossos avós não tinha por hábito falar sobre seus sentimentos. E tem até hoje imensa dificuldade de externaliza-los. Nossos pais também tem imensa dificuldade em falar sobre amor. Meu pai, por exemplo sempre me dizia eu te amo, quando me ligava durante alguma de suas viagens, quando a minha mãe tem dificuldade de falar, até hoje. Eu também sofro um pouco, quando a minha irmã já é muito mais amorosa e fala sobre isso com imensa facilidade, porque aprendeu que seus sentimentos importam. 

Falar sobre o que sentimos nos deixa vulneráveis e nós sabemos disso. Mostrar-se verdadeiramente ao outro e entregar-se parece o mesmo que pisar em falso em direção ao abismo. Ninguém gosta de expor aos outros todas as suas fraquezas. E dizer “Eu te amo”, parece nos despir por inteiro, nos deixa suscetíveis a fazer pelas pessoas o que elas quiserem e isso nos assusta. Já sofremos tanto com relações destrutíveis e com essa cultura de negligenciar sentimentos, que não gostamos de nos mostrar vulneráveis e isso acaba com as nossas relações. 

Pense em tudo o que tem acontecido nesse ano e reflita. O que ai dentro mais dói? De quem mais sente saudade e quem você mais teme perder? Você consegue se imaginar sem os que ama, sejam eles amigos ou família? Eu sei que estou tocando em feridas bem profundas, mas é necessário. Nós não temos o controle, nem sobre o tempo e nem sobre a vida. Não sabemos quando será o nosso momento de partir para o outro lado e temos a certeza de que não somos eternos. Levando em conta que a vida é um sopro, eu peço para que você aproveite! Não sinta medo de dizer o que sente, por temer que os demais lhe achem um tolo. Não tenha medo de recriar laços e viver momentos incríveis ao lado das pessoas que ama. Deixa o ego de lado e esqueça aquelas brigas bobas que te afastam das pessoas importantes, nada no mundo é mais relevante que os que amamos, seja dinheiro, sejam posses, seja nosso próprio ego. Nós somos um emaranhado de erros e tentativas. Nenhum de nós estará sempre totalmente certo e nem totalmente errado. Estamos na vida para dar um passo de cada vez e aprender com as lições que nos são aplicadas. Tudo é um grande aprendizado. Valorize as pessoas que você ama, enquanto você ainda está sendo presenteado com o dom da vida. Quando o relógio parar de vez, não existe como voltar atrás. Você é forte. Você é poderoso. Você é transformador, como um grande e sonoro “eu te amo”.


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