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A invasão Britânica - Bolinha Antonio Carlos Pereira


Não havia como ignorar Freddie Mercury na agitada Londres nos anos 60. Vestindo seu terno de veludo vermelho com guarnições de pelo de raposa, ou um bodysuit preto colado a pele, camisas brancas e as vezes um macacão de malha com imenso decote frontal, com echarpes e botinhas de couro.

 

Freddie soube alinhar moda e música estrategicamente, era desenhista e com habilidade criava suas próprias roupas tornando-se emblemático tanto pela arte, quanto pelo visual. Além de ser talentoso, estudou muito para desenvolver suas habilidades.

Ele nasceu em Zanzibar, na África Oriental, e seus pais o registraram com o nome Farrokh Bulsara. Seu interesse pela arte surgiu na infância e dos sete aos quinze anos viveu na Índia, para estudar na tradicional escola St. Peter, onde aperfeiçoou seus conhecimentos em desenho, teatro e música. Nos bailes de Escola, martelava ao piano os sucessos de Little Richard, Fats Domino, Elvis.

Pois é, sempre nos disseram que tudo começou com Elvis Presley, mas não é assim tão simples. Muito antes deles, no pós-guerra, os jovens já se rebelavam, e buscavam sons que fugissem da mesmice reinante. A revolução musical começo no Estados Unidos e se consolidou na Inglaterra.

A invasão Britânica rompeu as fronteiras da América, pois pregava, paz, amor e liberdade numa terra cansada de pólvora e mortes. Os grupos instrumentais de Shadows, The Tornados e os cantores Lonnie Donegan e Cliff Richards alucinavam a garotada e influenciavam os futuros componentes das bandas The Beatles e Rolling Stones. Existe muito mais: The Animals, Bee Gees, Eric Clapton, Led Zeppelin, Pink Floyd, todos vieram do Reino Unido e fizeram tamanho sucesso que sua influência alcança os dias atuais.

O marco zero para a Invasão Britânica é o dia 9 de fevereiro de 1964. Livros, filmes, discos, muito se produziu a partir da explosiva ida dos Beatles ao lendário “Ed Sullivan Show”. Os Beatles logo dominavam todas as paradas de sucesso, e no dia 14 de abril daquele mesmo ano ocuparam as cinco primeiras colocações na lista de “100 Melhores da revista Billboard”, um feito sem precedentes na história.

E na metade da década de 1970 surgiu outro grupo fundamental, “A Banda da Rainha”, THE QUEEN, formado por Brian May (guitarra e vocais) John Deacon (baixo), Roger Taylor (bateria e vocais) e Freddie Mercury (vocais e piano). Frequentemente citada como expoente do seu estilo, recordista de vendas de discos a níveis mundial. Sua música é altamente eclética, variando entre diversas vertentes do rock.

O recente filme “Bohemian Rhapsody” mostra que The Queen surgiu a partir do trio Smile, formado por Brian May, Roger Taylor e o baixista Tim Staffell. Quando este saiu do conjunto, em meados de 1970, Freddie Mercury e John Deacon entraram na formação do novo grupo. Os seus dois primeiros álbuns alcançaram pouco sucesso, e a popularidade internacional veio com A Night at the Opera (1975). A popularidade mundial do quarteto viria em 1977, com os hits “We Will Rock You” e “We Are the Champion”. A lembrar, também, um rock no melhor estilo Elvis, “Crazy Little Thing Called Love” e uma autentica disco music, “Another One Bites the Dust”, lançados em 1980.

Durante a década de 1980, o Queen ainda lançou sucessos marcantes: “Radio Ga Ga” e “I Want to Break Free” alcançaram grande notoriedade no Reino Unido e em países da América do Sul, como Argentina e Brasil. Em 1985, dois momentos consagradores: a banda britânica tocou em janeiro no Brasil para um público estimado de 250 mil pessoas no Rock in Rio e realizou uma das mais memoráveis em julho, no evento Live Aid, em Londres, o que revigorou o grupo.

1987 o vocalista Freddie Mercury contraiu o vírus HIV, a fatídica AIDS, que o vitimou em 24 de novembro de 1991, deixando milhares de “viúvas” ao redor do mundo. 

 


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