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HPV prevenção e tratamentos


O câncer de colo de útero é a terceira neoplasia mais frequente em mulheres brasileiras. No Brasil, para 2016 foi estimado 16.340 novos casos, com risco de 15,85 casos para cada 100 mil mulheres. Em 2013, ocorreram 5.430 óbitos por esta doença, representando uma taxa de mortalidade ajustada para a população mundial de 4,86 óbitos para cada 100 mil mulheres.

A infecção pelo HPV (papiloma vírus humano) é o principal fator para o surgimento do câncer de colo uterino e ainda pode estar envolvido com câncer de vagina, vulva, ânus, pênis e boca. Existem cerca de 200 tipos de HPV descritos, sendo aproximadamente 40 habitantes da região genital.

São divididos em dois grupos: Alto risco e Baixo risco. O HPV pode promover transformação celular desenvolvendo lesões precursoras de câncer. E sua infecção é dividida em formas latentes (sem alterações das células e sem sintomas), forma clínica (com sintomas) e forma subclínica (com alterações nas células e sem sintomas).

A maioria das pessoas sexualmente ativas terá contato com o HPV em algum momento de suas vidas. Há relatos de que após 2 anos do início sexual, 50% das mulheres já apresentam teste positivo para a presença do HPV. Porém a maioria destas infecções apresentam caráter transitório durando em torno de 2 anos. Cerca de 10% das mulheres não apresentam clareamento do vírus evidenciando-se uma infecção persistente.

O diagnóstico pela infecção pelo HPV na sua forma latente é dado pela detecção do vírus através de testes Biomoleculares. Em mulheres entre 25-30 anos ou mais tem objetivo de identificar a presença do HPV de alto risco para câncer. Pelo seu alto custo não faz parte de políticas públicas em nosso país. Os testes Biomoleculares são utilizados no tratamento e controle de mulheres que apresentam as lesões precursoras de câncer.

A forma clínica da infecção do HPV é a que não apresenta sintomas na maioria dos casos e que já ocorre alterações nas células. Esta forma é a que merece mais atenção pelo seu potencial de evoluir para o câncer.

O preventivo também chamado de exame Papanicolau é fundamental para o rastreamento das lesões que pode evoluir para o câncer de colo de útero. É amplamente utilizado pelo seu baixo custo e pela coleta ser realizada em postos de saúde, laboratórios e clínicas. A citologia oncótica orienta a conduta para realização de exames como colposcopia e biópsia para definir o diagnóstico. Estes últimos realizados pelo Ginecologista.

A prevenção é a melhor forma de reduzir o número de infectados pelo vírus do HPV. O uso do condon (preservativo) proporciona prevenção relativa em virtude de o dispositivo recobrir apenas a região peniana. Porém seu uso é altamente estimulado pensando na prevenção de outras doenças sexualmente transmissíveis.

A vacina contra HPV representa a prevenção de maior eficácia. O ideal é que todos os indivíduos homens e mulheres tivessem acesso a esta vacina antes do início de sua vida sexual. No Brasil existem dois tipos de vacina: bivalente (contra o vírus 16 e 18 e a Quadrivalente (contra o vírus 6, 11, 16, 18) que é a disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde.

No sistema privado a vacinação é indicada conforme a Anvisa em mulheres de até 45 anos e homens até 26 anos no caso da Quadrivalente. E sem limite de idade para a Bivalente.

O tratamento da infecção do HPV é realizado dependendo da forma clinica que ela apresenta. As verrugas podem ser tratadas com ácidos, laser e cauterização. Assim como as lesões precursoras dependendo do grau da alteração celular com cirurgia ou laser.

Atualmente, com os avanços da medicina os tratamentos são menos agressivos, com resultados melhores. Redução de cicatrizes e preocupando-se com gestão futura no caso das mulheres com lesões no colo do útero.


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