O que é melhor: e-commerce ou marketplace?
Trabalhar com venda de produtos ou serviços e não ter um espaço na internet hoje é certeza de que perderá muitas oportunidades. Pensando nisso, que tem um negócio quer estar online, mas é nesse momento que surgem algumas dúvidas: devo optar um e-commerce ou ir para o marketplace? Quais as diferenças entre esses dois formatos?
Antes de tudo, é importante ter em mente que só conhecendo a fundo os dois modelos será possível, decidir por um deles, pois não há uma resposta que sirva para todos, é preciso observar em qual dos formatos seu negócio se sobressairá.
O que é e-commerce?
O e-commerce é a loja virtual e exclusiva,onde uma empresa comercializa o seu catálogo de produtos. É como se você montasse seu próprio estabelecimento só que não de maneira física, mas sim, virtual. É preciso ter um site próprio, contratar quem cuide de toda elaboração do mesmo, expor seus produtos e arrumar formas de gerar tráfego (visitas) para ele, além de se encarregar de toda logística para entregar o que foi vendido, formas de pagamento, etc.
O que é marketplace?
No marketplace, grandes varejistas disponibilizam suas plataformas para que outros vendedores menores possam ofertar seus produtos.A principal diferença do e-commerce para o marketplace, é que no caso do primeiro, ficarão apenas os produtos ou serviços de quem criou aquele site, já no segundo, existirão centenas, talvez milhares de outras empresas também oferecendo produtos e serviços e tudo em um mesmo espaço. Como grande exemplo, podemos citar o Mercado Livre ou as Lojas Americanas.
Nesse modelo, o lojista não precisa se preocupar em montar uma estrutura, pois ela já está disponível,mas precisa aceitar suas condições e termos de serviço, repassar um valor para ela para poder continuar expondo naquele espaço, além de outras taxas.
Qual a melhor alternativa para o meu negócio?
Como citamos, não existe uma resposta que sirva para todos, mas o empresário Marcos Renato Gonzatto, que há três anos trabalha com vendas online, é sócio e gerencia as operações de três empresas do ramo, opina sobre os dois modelos.
“A minha dica é analisar se o seu produto ou ramo de atuação é de um nicho bem específico, onde já se conhece bem o seu público-alvo. Se for esse o caso, o e-commerce vai suprir melhor, porque esse público-alvo irá gerar tráfego. Para cada 100 pessoas que visualizem seu produto, uma irá comprar. Já o marketplace é indicado para quem vende vários tipos de produtos, pois ele já possui um tráfego fiel do canal de venda, então independente do que colocar lá, gerará visitas, porém estará disputando com outros concorrentes”.
Gonzatto destaca que as principais vantagens para quem opta pelo e-commerce são: a liberdade para investir no que acredita ser necessário para gerar tráfego; ter o prazo de envio estabelecido pelo próprio dono mesmo; poder trabalhar melhor sua própria marca; como será seu site etc. O detalhe citado por Gonzatto quanto a ter mais liberdade para desenvolver sua imagem e identidade com o e-commerce, não pode ser descartado, pois em um site próprio, será possível ser mais criativo, já numa plataforma de marketplace, será algo padrão para todos expositores.
Outro ponto interessante que o e-commerce propiciará é o de ter contato direto com os seus clientes e visitantes, mantendo uma relação mais próxima para atraí-los e fidelizá-los.
Já no caso da marketplace, Gonzatto explica as vantagens.
“Eles estão investindo pesado em logística. O Mercado Livre comprou diversos aviões, estão investindo em pontos de distribuição para agilizar e entrega dos vendedores, em alguns casos conseguem fazer essa entrega no dia seguinte ao da compra. A mesma coisa com o Magazine Luiza que está usando suas lojas físicas como ponto de coleta e entregas de produtos comprados no site Magalu”.
Outra vantagem considerável do marketplace é que o lojista não terá preocupações em montar o design, e os demais pontos ligados a estrutura e recursos estarão prontos para serem usados. Também não será preciso fazer a manutenção para garantir que continue operando.
Sobre qual dos dois modelos é o mais escolhido, Gonzatto afirma:
A busca ainda é maior por Marketplace, porque para ir a loja virtual demanda entender de tráfego, o que não é tão simples. Além disto, vários marketplaces aceitam vendas através de pessoa física, não necessitando ter empresa constituída o que atrai muito mais gente”.
Gonzatto destaca ainda que ter um e-commerce gera bastante trabalho.
“A empresa que tem o seu e-commerce e não está conseguindo vender tem que entender o motivo. Se estiver recebendo visitas em seu site, mas não resultando em vendas, o problema é que quem está entrando não é o público-alvo ou pode ainda ser que o site não passe confiança. Agora, se não estiver recebendo visitas, é necessário fazer um filtro melhor na gestão de tráfego. Outro ponto é saber qual plataforma é melhor para a divulgação do seu negócio, costumo dizer que se o produto for para uma compra compulsiva, é melhor divulgar em redes sociais, já se for um que a pessoa necessita pesquisar, o melhor é o investimento no Google”.
Opção de migrar
Para quem está começando ou mesmo para quem já atua, ter uma infraestrutura sólida, como a oferecida pelos marketplaces, resulta em mais chances de se obter êxito. Entretanto, isso não significa que o lojista virtual não possa no futuro criar o seu próprio site e dessa maneira, migrar para o e-commerce. Há vários cases que ocorreram dessa forma e deram muito certo. O importante é não se acomodar, pois, como os especialistas afirmam, no mundo virtual, as coisas mudam em um piscar de olhos, por isso, mesmo que o modelo escolhido esteja dando certo, vale a pena ficar atento a toda e qualquer novidade que possa auxiliar nas vendas de produtos ou serviços.
Marcelo Rio
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