Dor de crescimento existe?
Existe sim, não é frescura. As dores de crescimento atingem de 10 a 20% das crianças brasileiras, mas felizmente não são um indicador de doenças graves e desaparecem com o tempo. Apesar de poder aparecer durante todo o período de crescimento, ou seja, até os 18 anos, é mais comum até os 10 anos. Descubra mais informações sobre as famosas dores de crescimento e lembre-se: o diagnóstico quem dá é o médico.
A dor de crescimento é caracterizada pela dor ou desconforto nas pernas, especialmente na parte frontal das coxas, panturrilhas ou atrás dos joelhos. De modo geral, ocorre nas duas pernas e piora durante à noite em dias particularmente agitados, quando a criança praticou atividades físicas ou brincou por muito tempo. Esta dor pode até despertar a criança do sono, o que é menos frequente.
Outros sintomas incluem dor persistente pela manhã, que interfere nas atividades diárias, sensibilidade ou aumento de calor na área dolorida, vermelhidão ou inchaço, fraqueza ou cansaço, perda de apetite e dificuldade para andar.
Mas ao contrário do nome, a dor de crescimento não tem a ver com o crescimento em si. De causa desconhecida pelos médicos, o termo foi adotado pela Sociedade Brasileira de Pediatria como forma de diferenciar este sintoma das doenças que causam dores semelhantes nas crianças. Por esta razão, o diagnóstico é realizado por exclusão: excluem-se as outras doenças com sintomas similares. Na maioria das vezes, o médico pode chegar ao diangótico sem muitos exames, partindo de uma conversa com a família e de um exame físico para avaliar a existência de inflamações musculares, problemas ósseos ou articulares. Em caso de dúvida, exames complementares como radiografias, ressonâncias magnéticas ou ultrassons podem ser solicitados.
Apesar das dores de crescimento desaparecerem tão tranquilamente quanto vieram, os pais e cuidadores não devem ignorar a dor. A investigação é necessária para eliminar outras doenças e saber como agir adequadamente caso os quadros de dor se repitam.
Em linhas gerais, pediatras e ortopedistas recomendam que as famílias acolham a criança, dando-lhe atenção, ficando junto e fazendo uma massagem na região como forma de aliviar a dor. Em caso de dor muito forte, analgésicos simples são indicados ou compressas com água quente ou gelo. Alongamentos e exercícios físicos com pequeno impacto podem ajudar a prevenir casos de dor aguda.
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