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A casa própria é a número um quando o tema da conversa é a realização de sonhos e busca por conquistas pessoais. Pelo valor dos imóveis, mais da metade da população brasileira opta por algum tipo de financiamento para conseguir investir nesse sonho sem ficar endividado. Para efetuar essa compra é necessário buscar imobiliárias e bancos que sejam aliados e não tenham taxas abusivas. No mês de agosto a Caixa Econômica Federal anunciou uma nova modalidade de crédito imobiliário, venha ficar por dentro do assunto.

Quando criança eu sonhava com uma casa  rosa de dois andares, com piscina e um gramado enorme para meus filhos e os cachorros se divertirem. Porém só na fase adulta,  percebi que esse sonho precisaria ser um pouco adiado por conta do valor de um imóvel desses, porque suas parcelas não “caberiam no meu bolso”. 

Parte da população tem dificuldade em adquirir um imóvel por conta dos altos valores dos imóveis aliados aos juros do financiamento e deixam esse sonho de lado por um tempo, ou acabam ficando endividados. Porém no dia 26 de agosto de 2019 a Caixa Econômica Federal lançou uma nova modalidade de financiamento, que corrige as parcelas do financiamento habitacional pelo IPCA. 

O IPCA ou Índice de Preços ao Consumidor Amplo é um dos índices mais importantes da nossa economia, ele mede a variação de preços no mercado para o consumidor final e representa o índice oficial da inflação no Brasil, medido mês a mês pelo IBGE. Ele é medido como um reflexo do custo de vida de famílias que possuem renda entre um e quarenta salários mínimos, com base em nove regiões metropolitanas do país e calcula despesas com moradia, alimentação e bebidas, saúde e higiene pessoal, artigos para casa, despesas pessoais, educação, comunicação, transporte e vestuário. Ou seja, se o índice do IPCA sobe ou desce afeta diretamente nesses setores promovendo um reajuste nos valores. 

A Caixa Econômica Federal ao fazer esse anúncio sobre novas modalidades de financiamento movimentou o setor imobiliário. Essa nova modalidade de crédito imobiliário é corrigida pelo IPCA, o índice oficial de inflação do país e não mais pela Taxa Residencial (TR). A nova linha já está disponível para ser usada para novos contratos em imóveis novos e usados, financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). 

De acordo com a Corretora de Imóveis, Keila Celeski: “A previsão é que em 2019 o IPCA se mantenha no patamar de 3,71%”. Ela frisa que o financiamento pela correção do TR, hoje praticamente zerada continuará disponível e completa que ambas as modalidades estão à escolha do cliente e que se ele optar pelo IPCA, hoje o cálculo feito é de 4,95% a 2,95% (conforme a pontuação e fidelidade junto ao banco) mais o IPCA (atuais 3,71%) e se optar pela TR, a taxa de juro fica entre 8,5% e 9,75% mais TR. Ela ainda lembra aos consumidores que uma vez escolhida uma das modalidades, não há como migrar para outra ao longo do contrato, apenas é permitida a portabilidade para outro banco e neste sim voltar para o financiamento oposto, seja ele TR ou IPCA.