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Digitalmente falando


Quando eu era criança, havia uma propaganda na televisão que era sempre deliciosa de assistir. Ela dizia: compre Batom. O chocolate hoje pode não ser um dos meus preferidos, mas ficou na memória a partir da ordem expressa do anúncio. Na época, vendia-se produtos e não benefícios. Hoje não vendemos nem produtos e nem benefícios, vendemos experiências. Mas se algo não mudou da minha infância pra cá é que ainda precisamos conhecer os meios mais eficazes de conseguir a atenção do cliente.

As redes sociais foram criadas como um meio de promover interações entre indivíduos e grupos. Você sabe, eu sei. Nós as usamos desde que elas apareceram, primeiro com os finados ICQ e Orkut e depois com o Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat, Telegram, Tinder e qualquer outro que nos permita encontrar pessoas. Essas plataformas de relacionamento ganharam um conceito sociológico de analisar as conexões e interações entre os usuários, mas paulatinamente adquiriram uma nova e mais densa camada: o contato entre empresas e clientes.

Contato com o cliente, nas redes sociais, é muito mais do que fazer o anúncio de produtos e serviços. A forma de comunicação é diferente da mídia impressa e da televisiva, que também é diferente do YouTube. O meio impresso possui particularidades não encontradas na internet, pois sua prerrogativa é ser mais duradouro do que os anúncios de mídia digital. Por isso, aqui na Êxito, por exemplo, você vê muito anúncio contendo foto de fachadas de empresas, equipes ou métodos novos em diversas áreas porque queremos que algumas informações fiquem gravadas na sua memória (essencialmente, precisamos que você, na categoria de consumidor, grave os logotipos e suas cores, reconheça o espaço físico das empresas, saiba quem são as pessoas e o que elas oferecem). É diferente de assistir à TV. Um estudo conduzido pela FOX em 2018 permitiu avaliar a atenção dos usuários para diversos tipos de programas e propagandas através de uma pulseira inteligente. Ela mede os batimentos cardíacos para determinar a atenção e ainda capta os sons do televisor, enviando as informações para um aplicativo de celular. Ao final da pesquisa, concluiu-se que os programas esportivos são aqueles em que os usuários mais prestam atenção na TV paga (71%), seguidos de séries (69%) e filmes (68%). Com relação aos anúncios, a atenção é maior para aqueles relacionados a viagens (78%), comida (70%) e perfumes (69%). Mas quando o assunto é mídia digital, os termos dessa equação mudam porque o tempo de atenção do consumidor é muito menor.

Empresas especializadas em mídia estão afiadíssimas para adequar a linguagem para cada veículo, bem como para cada rede social, pois saber selecionar a mais adequada para o seu público e adequar a mensagem transmitida é uma das funções principais deste tipo de agência. A tarefa, porém, não é fácil. Ela está mais rigorosa a cada dia em função da quantidade de redes que se multiplicam, dos tipos de usuários que passam a ter acesso e das modificações dos desejos dos clientes. Estudar dados e compreender pessoas e personas é fundamental para quem trabalha na área ou deseja garantir o sucesso dessa empreitada virtual para a sua empresa.

 

TENDÊNCIAS E GENERALIDADES

Para o HootSuite, um sistema dos EUA de gestão de marcas em mídias sociais, é possível identificar algumas tendências para as redes sociais em 2019. Se você já tem uma presença digital, pode ser que não exista tanta diferença entre o que já realiza e o que vai passar a fazer, mas se você está entrando agora nesse mundo, é a sua chance de começar fazendo o que é certo.

Confiança: Você sabia que 60% das pessoas não confia nas informações das redes sociais? Isso porque em 2018 houve um grande desgaste de confiança nas mídias sociais em função da grande quantidade de fake news espalhadas pela rede. Os usuários também passaram a desconfiar de meios de comunicação e de comunicadores por identificar que seus seguidores, muitas vezes, são comprados ou falsos (os famosos robôs). Essa mudança pode gerar novas oportunidades, pois a credibilidade pessoal se torna mais importante do que o número de seguidores.

Anúncios pagos: A informação anterior nos leva a crer que o cenário muda, também, para anúncios pagos. As estimativas mostram que uma em cada quatro páginas do Facebook usa mídia paga e a rede social já representa 23% do total de gastos com publicidade digital nos EUA. Entretanto, investir em anúncios pagos não garante que o seu público-alvo preste atenção. Você já parou para pensar que, com o aumento dos custos desse tipo de mídia e a atenção cada vez mais dispersa dos usuários pode limitar o retorno sobre investimento (ROI) para os anunciantes? E se você paga o anúncio, mas ele é travado por ferramentas de bloqueio? Os usuários estão cada vez mais atentos e menos dispostos a perder tempo observando anúncios que não chamam a sua atenção espontaneamente. Isso significa que as empresas devem ter em mente que o objetivo final dos anúncios digitais deve ser gerar discussão positiva e engajamento dos usuários. Deixe a transmissão de uma mensagem mais profunda para outros tipos de mídia, como a impressa.

Facilite: Atendimento é uma pedra no sapato das lojas físicas, mas quem pretende vender qualquer coisa no ambiente digital precisa deixar tudo perfeito, especialmente adaptado para dispositivos móveis. Estudos indicam que 74% dos consumidores fazem compras depois de assistir vídeos de marketing e você pode apostar que estas plataformas de vendas são realmente funcionais. Pense sobre o ponto de vista do cliente, que não vai desperdiçar cliques e facilite o seu acesso às informações sobre o produto ou serviço. Vale a pena configurar suas postagens do Instagram para compras, manter um perfil comercial, marcar produtos nas postagens para facilitar a compra e a navegação e exibir os produtos em diversos cenários para envolver o público. Deveria ser óbvio, mas ao criar o anúncio é preciso pensar em como o cliente compra, quais são suas necessidades e desafios. Ah! E quando criar um concurso, tenha clareza nas regras e usar uma # de fácil localização, que a sua agência pode criar. 

Conte uma história: Os stories têm crescido 15 vezes mais depressa do que o compartilhamento do feed. O Instagram Stories, por exemplo, já está ou será incorporado em breve em dois terços das empresas.  Ao que tudo indica, as histórias superarão os feeds como a melhor forma de compartilhar coisas com os amigos em 2019, o que implica, na prática, do uso menor de textos e mais recursos multimídias como os vídeos, sem perder a autenticidade.

Passe uma mensagem: Se o compartilhamento de notícias tende a cair, entram no ar as mensagens. O público passa a migrar para espaços privados, mudando sua expectativa como usuário. Em outras palavras, não se buscam canais de publicidade. A opção é por conversas privadas em pequenos grupos (vide seus grupos de whatsapp). Você já pensou em como a sua empresa vai dialogar no espaço privado? Como? Com qual linguagem? O essencial é ser criativo.


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