O futuro é despojado
Eles lançam tendências. Adoram tatuagens, cabelos coloridos e combinações de roupa interessantes. Estão sempre antenados. São movidos por grandes novidades e seu estilo despojado é sempre colocado como um tabu. Os profissionais do futuro, vão muito além de habilidades de escritório. São movidos pela mudança e transformação. Querem sair do convencional e pensar à frente. Mas seus estilos e suas escolhas, ainda fazem seu profissionalismo ser contestado. Para você como deve ser o profissional do futuro?
Quando ingressei no curso de Publicidade e Propaganda, eu era tímida e vinha de uma cidadezinha de menos de cinco mil habitantes. Logo, achei aquele universo muito mágico e esquisito ao mesmo tempo. Se tinha um lugar com bastante gente completamente diferente era aquele. Pessoas de todos os estilos e biótipos. Finalmente existia um lugar onde eu me encaixava. Tivemos algumas disciplinas de marketing pessoal e lembro que alguns de nossos professores sempre diziam: “Vocês podem usar All Star todo dia, menos na entrevista de emprego”, segui à risca esse conselho e me vesti de acordo para todas elas. Depois das contratações, as sapatilhas voltavam ao armário e adivinha o que voltava a fazer parte do meu “uniforme”? O bom e velho All Star!
Acho démodé, ainda precisarmos classificar profissionais por conta da sua aparência. Nossas aparências e estilos não moldam nosso caráter, tão pouco nossas habilidades e aptidões. Eu já tive cabelos vermelhos, castanhos, meio loiros, pretos, coloquei piercing e meu estilo varia conforme meu estado de espírito e momento da vida. Todos esses detalhes a respeito da minha aparência no ambiente corporativo nunca fizeram com que meu profissionalismo fosse colocado à prova, mesmo que eu soubesse que lá fora essa fosse uma questão.
Os profissionais tatuados, com piercings, cabelos coloridos, barbas grandes e estilos alternativos e muito despojados ainda geram grandes discussões no mundo corporativo. Não se questionam as habilidades do profissional do futuro. Porém a aparência ainda é uma grande questão.
Se você fizer uma busca no google vai encontrar inúmeros artigos, que falam sobre a importância da aparência no ambiente corporativo. Falam desde o modo de se vestir e se portar ao biótipo corporal. Não seria viável, que o ambiente corporativo se encaixasse às pessoas? Compreendo que em toda a instituição existem regras e que as mesmas precisam ser seguidas, é compreensível que a empresa cobre o uso do uniforme, do crachá e peça para que não se usem calças rasgadas. Porém até que ponto se pode interferir nas escolhas do funcionário quanto ao seu corpo? Nós somos esse emaranhado, o que temos por fora faz com que os outros tenham um pré conceito estabelecido sobre nós. Nossos estilos falam tão pouco sobre o que somos e quão competentes e apaixonado pelo nosso trabalho podemos ser. É preciso apostar na diversidade, para humanizar a empresa, afinal ela fala por si só.
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