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Prosperidade. Olhar para frente é a filosofia do Maemuki Sushi, o restaurante japonês nascido em Caçador que recentemente abriu uma segunda unidade, em Videira. Para conhecer mais sobre esta história, seus desafios, inspirações e inovações, conversamos com o CEO Junithi Ueda. O resultado, que você pode ler abaixo, é uma verdadeira aula de negócios e uma vontade irresistível de comer um sushi. 

Se você já se deliciou com o Yakissoba ou com o Hot Maemuki, o restaurante e seu proprietário dispensam apresentações. Criado com a proposta de oferecer uma experiência diferenciada, o Maemuki surgiu depois de um jantar informal preparado por Junithi para um de seus clientes da agência Dose Design.

"Eu atendia o Bar do Dudo na agência e nós só conversávamos sobre trabalho, até que um dia o Dudo viu uma foto de um jantar que fiz em casa e sugeriu que jantássemos juntos para conhecer as famílias. Ele elogiou muito a comida que preparei e me perguntou se eu já tinha imaginado ter um restaurante japonês. Bom, eu não tinha pensado até aquele momento, mas como resposta acabei descrevendo tudo o que o Maemuki se tornou", lembra o CEO. Alguns dias depois, o Maemuki nascia com uma sociedade em busca de oferecer uma experiência diferenciada. 

A busca por uma experiência memorável passa, essencialmente, pela tecnologia.

"Ao longo dos anos percebemos que as pessoas escolhem o Maemuki para ocasiões muito especiais, então o nosso dever e a missão principal da equipe é transformar esse momento do cliente em uma experiência memorável. Por isso, focamos nossos esforços para demonstrar respeito ao cliente e alimentos, e prestar atenção aos detalhes", explica. Para que isso possa ser feito, Junithi investiu em equipamentos que substituem processos manuais de produção dos sushis, tais como um robô específico para espalhar o arroz sobre a alga, o que reduz o desperdício e otimiza o tempo, liberando o sushi man para se dedicar mais ao corte do peixe de forma padronizada para colocar melhor o recheio, para caprichar mais nos enfeites do prato, dar mais atenção ao molho artesanal e, consequentemente, aumentar a qualidade dos pratos. De igual forma, ao utilizar tablets para que o cliente envie seu pedido diretamente para a cozinha, a equipe do Maemuki consegue reduzir o passo a passo do atendimento e deixar que os garçons tenham mais tempo para explicar os pratos, dêem mais atenção para quem precisa de ajuda com os hashis e estejam mais atentos ao salão. "A tecnologia não diminuiu a quantidade de garçons ou de pessoas na cozinha, apenas aperfeiçoou o que já fazemos de melhor", salienta.

Mas não se deixe enganar pensando que esta história teve apenas pratos deliciosos e um atendimento especial. Junithi aponta muito claramente algumas das barreiras enfrentadas para que o Maemuki se tornasse a referência que é na região. Segundo ele, o que mai ouvia antes de abrir o restaurante era que estava ficando louco por

"investir em um restaurante japonês em uma região onde as pessoas só gostam de salame, polenta, carne e churrasco. Em um segundo momento, tivemos que explicar para o público como conseguíamos ter peixes frescos e de tanta qualidade, desmistificando a ideia de que peixes frescos só são encontrados na praia. E a terceira barreira que enfrentamos foi com relação ao peixe cru e aos pratos crus em si. Precisamos criar uma relação de confiança entre o cliente e o restaurante porque estes são pratos extremamente sensíveis, com altíssimo risco de contaminação, que exigem uma confiança de 100% na empresa para consumir". E se a preocupação dos consumidores passou pelo espectro do paladar, esse problema foi superado pela equipe com as inovações do cardápio e adaptações ao paladar brasileiro. Junithi explica que, embora haja valor na produção artesanal, tudo pode evoluir.

"Eu sou fruto de uma mistura: meu pai é japonês e minha mãe é descendente de ucranianos, então eu acho que adaptar as realidades não é ofensa nenhuma. Não temos restrições com o cream cheese ou com a Nutella. São apenas adaptações", defende.

Com esta clareza em mente e um mercado consumidor maduro o suficiente para compreender seu estilo, o Maemuki inaugurou recentemente um novo restaurante em Videira, o primeiro de seu plano de expansão.

"Levamos seis anos para medir a viabilidade do negócio e amadurecer como empresa e como equipe para que a população de Videira tenha a mesma experiência que a caçadorense", aponta o CEO. Diante da nova curva de aprendizado esperada com o novo restaurante, a equipe Maemuki já trabalha com a projeção de novos passos e não pretende parar tão cedo. Quem para somos nós, para viver uma deliciosa experiência.

Junithi Ueda
maemuki@maemuki.com.br

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