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Estude melhor com música


Quem nunca chegou em casa e ligou o rádio apenas para ter uma companhia? Esse som ambiente moldou os hábitos dos brasileiros durante décadas, de modo que o costume foi transportado para os carros e para os dispositivos móveis. Algumas pessoas até se sentem desconfortáveis ao ficar em ambientes silenciosos. Mas você sabia que por trás desta tradição está a nossa busca por maior concentração e melhor aprendizado?

Milhares de jovens no mundo todo estão estudando neste exato momento. Ao seu lado, provavelmente está um celular ou qualquer outro eletrônico tocando suas músicas favoritas. Há quem diga que faz bem, há quem diga que atrapalha. Antes de elucidar a questão, vamos entender um pouco mais sobre como a música funciona no cérebro.

A música ajuda a ativar os dois lados do cérebro

A música é entendida como uma combinação harmônica de sons, com regras que variam conforme a época e a civilização, cuja melodia é facilmente reconhecível pelos ouvidos. Alguns estudos analisam os estímulos provocados por ela em várias áreas do cérebro, a fim de compreender suas diferentes respostas cognitivas, perceptivase emocionais. Porém, este tipo de trabalho é, por si só, um desafio já que a recepção de cada indivíduo sobre a música é abstrata e varia de pessoa para pessoa. Isto significa que por mais que as áreas do cérebro respondam ao estímulo musical, outros aspectos destas respostas ainda devem ser analisados.

 Se observarmos apenas a resposta ao estímulo, não seremos capazes de determinar se as emoções desencadeadas pela música ouvida são boas ou ruins, benéficas ou maléficas ao estudo. Uma pessoa que ama pagode pode sentir incomodada ao ler enquanto ouve música clássica, um incômodo que a impede de se concentrar adequadamente. Mas a resposta cerebral está lá, não está? E será a mesma resposta caso ela troque de playlist e passe a ouvir os maiores hits de pagode dos anos 90. Por isso é muito difícil determinar se a música é boa ou ruim na hora dos estudos. Felizmente, depende. musica

Benefícios da música

 

Redução do estresse e da ansiedade

Um estudo de 2013 analisou alunos com uma considerável carga de estresse antes de uma prova e suas reações em alguns contextos específicos. Os dois primeiros grupos fariam a prova ouvindo músicas relaxantes e estimulantes, respectivamente, do seu gosto; já dois últimos fariam a prova ouvindo músicas relaxantes e estimulantes, respectivamente, de um estilo que não gostavam. A pesquisa mediu o nível de tensão e ansiedade dos participantes para concluir que as músicas que a pessoa gosta reduzem de forma notável sua tensão e ansiedade, independente de serem estimulantes ou relaxantes. 

Memorização

Em 2018, outra pesquisa buscou entender a influência da música nos resultados de atividades de memorização dos estudantes de matemática, quando se ativa mais o lado esquerdo do cérebro. Verificou-se que os estudantes mais habituados a atividades lógicas podem ter mais dificuldade para realizar tarefas que usem os dois lados do cérebro de forma combinada, como em atividades de leitura e memorização. Logo, como a música auxilia a ativação de ambos os lados do cérebro, eles tiveram facilidade com o processo de memorização.

Concentração

Outro estudo, desta vez lá de 2007, analisou a atividade cerebral dos voluntários antes, durante e depois de ouvir uma sinfonia musical através de ressonâncias magnéticas. A equipe percebeu que a música ativou regiões do cérebro relativas à atenção, à capacidade preditiva e à memória. Mas o mais surpreendente foi verificar que a atividade cerebral atingia seu pico nos momentos de silêncio entre os movimentos musicais. A conclusão deste estudo apontou para o fato de que músicas muito agitadas, com poucas pausas, podem prejudicar a concentração.

Dicas

Antes de ir para o pingue-pongue das dicas, vale apena relembrar que, apesar dos resultados dos estudos, as respostas aos estímulos musicais são individuais. Está tudo bem estudar no silêncio; está tudo bem estudar com música, desde que o método funcione e gere bons resultados para você.

1. Evite músicas cantadas;
2. Não deixe o volume muito alto;
3. Evite as propagandas;
4. Prefira músicas mais relaxantes como a clássica, sons de natureza ou para meditação;
5. Entenda e respeite o que funciona para você.

 


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