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Seminovo valorizado


Crise na oferta de semicondutores, dificuldades logísticas, pandemia de Covid-19, cadeias produtivas desorganizadas e filas de espera muito longas para adquirir modelos de fábrica. Em 2021, enquanto a indústria automobilística tentava sair do sufoco, quem se deu bem foram os seminovos.

O ano de 2021 foi espetacular para os revendedores de carros seminovos. Com um aumento de 17,8% em comparação a 2020, contra o avanço de apenas 3% nos modelos novos, o mercado consumidor se voltou aos seminovos quando a crise na oferta de semicondutores, dificuldades logísticas e outras consequências da pandemia desorganizaram a cadeia de produção das montadoras do mundo todo. Sem os Zero-Km acessíveis, os seminovos só não surfaram porque carros ainda não sobem nas pranchas.

 

Gianello

A produção menor que a demanda fez as filas de espera para os modelos novos dispararem até atingir em média 90 dias ou mais, dependendo da versão. A solução do consumidor foi procurar seminovos, cujo volume comercializado atingiu os 11.675 milhões de veículos leves e pesados em 2021, mas que ultrapassa 15 milhões ao considerar motocicletas e implementos rodoviários.

 

carro usado

A previsão da Fenabrave é que as vendas aumentem ainda mais em 2022. Segundo a Federação, mesmo com as incertezas sobre o cenário econômico e político, especula-se um aumento de 4,6% nas vendas. Outras entidades são ainda mais otimistas: a Anfavea espera um crescimento de 8,5% nas vendas, 9,4% na produção e 3,6% na exportação. Os campeões de procura em 2021 foram os utilitários Volkswagen Gol, Fiat Uno e Palio, seguidos pelo Ford Fiesta e Chevrolet Onix.

 

Gianello


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