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Fazendo fortuna com o barro


A uns duzentos anos, um novo elemento químico foi descoberto pela ciência e, por causa da sua raridade, tornou-se rapidamente o metal mais precioso do seu tempo. Existe uma história que o imperador francês Napoleão III o utilizava em garfos e facas exclusivas nos seus banquetes de gala, sendo que os demais convidados deveriam se contentar com talheres de ouro maciço.

Quando os Estados Unidos resolveram fazer a mais alta construção de pedra do mundo, criando o monumento para George Washington no centro de sua capital, colocaram no topo da coluna de 169 metros de altura uma pequena pirâmide com 5 quilos do metal precioso, apenas para demonstrar o seu enorme poder econômico, porque o pequeno objeto custou mais que o restante da construção.

Não é a toa que valia tanto: para se ter esta substância na forma metálica, é preciso que um relâmpago atinja a lava que esteja sendo expelida por um vulcão, para que o metal se precipite em pequenas pepitas.

O que transforma este metal em algo tão especial? É muito resistente, ótimo condutor de eletricidade e de calor, bastante elástico, maleável, moldável, com ótimo brilho e extremamente resistente à corrosão. Apesar do seu alto valor é uma substância bastante abundante em nosso planeta, mas grudado ao oxigênio, que o transforma num pó branco que faz parte de até 8% de argilas e 40% de certas rochas. Assim, os cientistas sabiam que no barro existia o metal mais valioso do mundo, mas impossível de ser aproveitado.

Porém, no século XIX estava acontecendo a revolução industrial e a energia elétrica começou a ser compreendida. Os geradores se tornaram mais potentes e assim os relâmpagos podiam ser produzidos em gigantescas bobinas, sob controle dos cientistas. Você já pode imaginar que uma das experiências mais importantes foi pegar aquele pó branco, encontrado no barro, aquecer a temperaturas muito altas e então gerar uma descarga elétrica para conseguir o metal, simulando o que acontecia nos vulcões.

As primeiras hidrelétricas não foram construídas para fornecer luz elétrica para as casas dos nobres. Foram feitas para retirar do barro um metal mais valioso que o ouro. Hoje, algumas das maiores multinacionais do mundo ainda fazem este processo, gerando bilhões de dólares todos os anos.

Mas você deve estar curioso para saber o nome deste metal. É o Alumínio!

Sim, o mesmo metal do cabeçote do motor do seu carro, da sua panela de pressão e da latinha de refrigerante. A tecnologia transformou algo raríssimo no metal mais utilizado pela nossa sociedade, justamente por suas incríveis propriedades. 

No fim de semana, ao abrir aquela latinha estupidamente gelada, pense em quanta ciência e engenharia foram necessárias para transformar um pó encontrado no barro em algo tão valioso, por transformar o nosso mundo.


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