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Olhos nos olhos


Uma curtida na foto de um amigo aqui no Instagram. Uma desabafada no Twitter sobre um dia ruim. Vários grupos no WhatsApp, um para amigos, um para família, uma para festas, um de brechó, outro da aula de dança e assim por diante. Uma acessada a Netflix. Tudo isso em uma hora sentado no sofá e com o smartphone na mão.  Quando você olha ao redor, todos da sua família ou círculo de amigos está fazendo o mesmo. Todo mundo se reúne e não conversa. Onde foi que erramos. 

É clichê, mas temida geração de idiotas que Einstein tanto temia chegou. Se você não entendeu a referência, imagino que tenha ficado tentado a perguntar ao Tio Google, o que ela significa. Porém fique mais um pouco, eu lhe explico. Albert Einstein em uma de suas muitas conclusões e teorias nos disse: “Temo o dia em que a tecnologia ultrapasse nossa interação humana e o mundo está terá uma geração de idiotas”. Mesmo que eu não esteja vendo você, que que torceu o nariz e acabou de sentir-se culpado, pensando em vários momentos em que os eu smartphone o “proibiu” de viver grandes histórias.

A famosa geração Z, geração de jovens nascidos a partir dos anos noventa, ficou conhecida por sua capacidade de zapear entre atividades. A geração nasceu e cresceu com a tecnologia, viu seus avanços e admirou-se com tamanha modernidade, aprendendo com facilidade a lidar com todo avanço e progresso.

A ascensão da tecnologia, ultrapassou a interação humana. É fácil observar isso quando vemos um grupo de indivíduos juntos. Suponhamos, que você e seus amigos combinam de sair juntos e resolvem ir a uma lanchonete, é difícil que todos vocês fiquem sem mexer no celular durante um longo período de tempo. Seus amigos estão na sua frente, mas seu celular parece mais interessante. As conversas já não fluem como antes e em alguns momentos surgem até brincadeiras como: juntar todos os celulares no centro da mesa e aquele que pegá-lo primeiro paga a conta de todos. Tornou-se deprimente que esse tipo de medida precise ser tomada, para que todos interajam.

A tecnologia sofreu grandes mudanças e ascendeu para que pudesse facilitar a vida das pessoas, tornar processos mais simples e solucionar problemas. Os brasileiros passam em média seis horas por dia, no celular conferindo suas redes sociais. As crianças e adolescentes, desaprenderam a fazer amizades fora das redes sociais, vivem mais isoladas e com um grande acesso a informação dentro de todas as plataformas com um simples clicar. A nossa geração é a que menos tem relações afetivas, sexuais e interpessoais, porque tem dificuldades de saber o que eu dizer, ou de conhecer novas pessoas fora das redes.

Creio que você tenha se espantado ao perceber que se encaixa na parcela da população que não consegue ficar longe do celular. Porém, não podemos desmerecer os grandes feitos das mesmas, pelo acesso a informação mais pessoas tem acesso a educação e cultura e tem ficado próxima de familiares ou amigos que moram distante.

Se você quer livrar-se do “vício”, comece aos poucos, ficando sem o celular ao seu alcance, leia um livro, passe um tempo com sua família e amigos aproveitando de fato sua companhia e compartilhando novos momentos e memórias. As relações interpessoais gritam por serem recuperadas com urgência. Os likes podem esperar, o contato olho no olho e as emoções compartilhada não.


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