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Edição 100


Chegamos ao 100. Essa é a centésima revista que você recebe em mãos e a centésima que criamos a partir de páginas em branco. Toda edição começa como uma página em branco, mas também é uma página em branco qualquer projeto inicial, que se pretende levar adiante. E se um quadro Canvas apresenta espaços definidos para preencher, também a nova edição da revista segue uma estrutura. Mas a revista é só um produto. A Êxito, queridos leitores, é muito mais do que isso! Por isso dedicamos essa edição para que vocês possam nos conhecer melhor.

 

A gente começou como uma revista e um processo. O mercado de publicidade e propaganda era consideravelmente menor em 2003, quando muitos de nós só conheciam como rede social o finado Orkut. Em muitas residências, chegavam revistas semanalmente, cujas assinaturas eram renovadas todos os anos e que traziam diversos conteúdos para formar opiniões. Nunca foi com elas que a Êxito quis competir. Estamos longe de Brasília para ter uma apuração assertiva sobre fatos; também seria impossível cobrir a economia nacional longe do eixo Rio-São Paulo; e mesmo os eventos culturais passam, via de regra, distantes da região do Contestado.

E se não considerávamos a hipótese de abrir um escritório em uma capital para produzir a revista, é porque vislumbramos na nossa região um nicho: havia uma porção de gente que não recebia revistas semanais ou que não tinha o hábito de comprá-las nas bancas; uma outra porção de pessoas que precisava ler sobre algumas novidades a partir da fala ou da indicação de alguém conhecido para acreditar ou valorizar; e ainda existia (e existe) muita gente com domínio absoluto do conteúdo que se propõe a dividir, mas que não tem reconhecimento. Somado a isso, vimos a oportunidade de empresas locais divulgarem seus produtos e serviços em um material diferenciado e cheio de informações. Para Rid Eloi Zatta, a possibilidade de acerto é muito maior quando se tem um mercado nichado, porém, é preciso sempre pensar em um diferencial para esse público. Na visão de Silvia Zatta Gonzatto, a dificuldade maior é tornar essa novidade um hábito de consumo para o público. “O público espera coisas novas e isso faz com que tenhamos que apresentar produtos diferenciados constantemente. Em contrapartida, também precisamos mostrar ao consumidor que aquele item que era uma novidade absoluta pode passar por reformulações para que a experiência do usuário seja cada vez melhor. Assim, nosso público-alvo se habituou progressivamente a esperar por novidades e a seguir consumindo-as”, explicam.

Enquanto uma grande indústria direcionada para o consumo de massa estabelece uma comunicação pouco próxima do usuário, mercados de nicho conseguem se comunicar diretamente com o cliente e permitir maior proximidade do consumidor com o processo produtivo. Não é à toa que comunidades nichadas têm se formado ao redor de empresas capazes de conhecer e se comunicar com seu público-alvo de forma assertiva. De acordo com Rosi Scariot Zatta, o cliente precisa perceber que faz parte do negócio, que é um parceiro da empresa e não apenas um consumidor. “Os caminhos e diretrizes naturalmente mudam de empresa para empresa, mas no nosso ramo temos buscados parceiros diferenciados como gráficas que imprimem pequenas tiragens, canais de distribuição para todas as regiões e profissionais capazes de abordar particularidades de outros estados e regiões. Afinal, o nosso consumidor já não está somente no Meio-Oeste”, explica.

Oportunidades advém da parceria

Ao longo dos anos de estrada, inúmeras oportunidades foram construídas e aproveitadas. “Acreditamos que todo empreendedor deve estar envolvido na sociedade, por isso buscamos nos envolver em vários segmentos para analisar as tendências e trazer para dentro do negócio. Nossa equipe é altamente curiosa, o que nos permite lançar olhares diferenciados para diversos problemas em busca de soluções. Trazemos novidades depois de fazer cursos e algumas o público nem imagina que existam. Também aprendemos muito a partir das sugestões e conversas com os clientes, que nos trazem novas campanhas e possibilidades de atuação”, salienta Silvia.

Ao apresentar a região para a região, seja através da revista com suas entrevistas e anúncios, seja através da produção de livros, a Êxito também se empenhou para divulgar empresas responsavelmente através do serviço de assessoria. "Buscamos dividir com o público os bons exemplos e novidades que a região oferece", diz Rid.

Recentemente, com a pandemia mundial, a busca da empresa se direcionou para a oferta do material em um site próprio, facilitando a leitura e a localização dos conteúdos. "Alguns.clientes não tem mais interesse em mídias físicas, portanto, eles podem usufruir da qualidade Êxito no site da revista, onde estão todos os conteúdos da versão impressa", conta Rosi.

Com a palavra, elas

Como muitas pessoas, a revista foi o primeiro contato de Thais Luchessi com a Êxito. Antes de trabalhar conosco, como toda designer gráfico, se dedicava a analisar criticamente o layout (fontes, espaçamentos, entre outros) e a estética dos anúncios. "Coisas que nós percebemos tecnicamente são coisas que outras pessoas percebem de forma inconsciente. Essa é a primeira lembrança que eu tenho antes de entrar pra equipe. Sempre admirei a organização do conteúdo, o padrão, a questão de ter o objetivo publicitário, mas você não ter a sensação que está em um classificado. A qualidade sempre me chamou atenção. É perceptível que o objetivo não era competir com os outros veículos de mídia regional", destaca.

Já para Heley Santos, a editora aparentou ser uma empresa responsável com o conteúdo que produz. " A diversidade de temas atrai muitas pessoas e comigo não foi diferente. Posso dizer que esse foi um ponto que me chamou atenção para trabalhar na empresa, pois sempre  gostei da possibilidade de aprender com as diferenças e estar aberta as histórias que as pessoas têm a oferecer. Acredito que é através de histórias que nos conectamos com os outros, ampliando nossos conhecimentos e abrindo a mente. Pessoas tem o poder de nos inspirar e trabalhar na Êxito ampliou esta minha percepção. Tanto trabalhando com os clientes, como o trabalho com a equipe", aponta.

"Temos a satisfação de ver nossos antigos colaboradores alçando vôos maiores, com carreiras mais amplas do que imaginavam inicialmente", diz Rosi.

Mas para continuar crescendo, também se deve continuar aprendendo. Diversos investimentos foram realizados na capacitação da equipe nos últimos anos, indo desde formações de extensão sobre o mercado varejista até cursos voltados ao autoconhecimento e liderança. "Aprendizagem contínua é um dos valores que carrego comigo e trabalhar na Êxito me traz essa possibilidade. A Êxito é uma empresa focada em seu propósito de difundir a cultura catarinense e está sempre avançando em direção as novidades para ampliar essa missão, levando conteúdos de qualidade para as pessoas. Acredito que com esse avanço constante é inevitável crescer junto a empresa, pois preciso acompanhar este ritmo sempre explorando meus conhecimentos e habilidades, em constante movimento", destaca Heley.

Mais livros na sua estante

O serviço de produção de livros independentes tem crescido apesar da crise no mercado editorial. Ao contrário das publicações tradicionais, em que a editora investe massivamente na produção, divulgação e distribuição dos exemplares, cujas tiragens giram em torno de 3.000 exemplares, publicações independentes se caracterizam por serem feitas por editoras menores, com investimento do próprio autor ou patrocínios e tiragens reduzidas.

De acordo com Rid, o serviço de produção de livros independentes permite a realização do sonho dos autores, que terão sua criação publicada. "Esses títulos, via de regra, são bastante específicos e se direcionam a um pequeno público conhecido do autor. Dificilmente eles teriam vez em editoras grandes", explica.

Com um catálogo com mais de 60 títulos, a Êxito oferece todas as etapas da produção editorial. Segundo Angela Zatta, o volume de trabalho sobre o material varia de acordo com cada um. "Alguns textos demandam uma preparação maior para suprimir vícios de linguagem e rever trechos confusos. Em busca de um texto mais limpo, no livro final, procuramos evitar repetições ou textos circulares (aqueles que dão voltas e voltas e não chegam ao ponto principal), entre outras observações. Os autores passam a compreender que o texto não chega pronto na editora e está tudo bem em ser assim", diz.

Com a crescente procura por publicações, coube à editora investir em novos meios de promoção e vendas. "Parte do catálogo que ainda temos em estoque está disponível na Amazon para que possamos atingir públicos mais distantes, especialmente aqueles interessados em estudar o conteúdo do livro. Ampliar os canais de distribuição é fundamental para que tenhamos mais alcance, mesmo com tiragens reduzidas", aponta Silvia.

E por falar em Amazon, a Êxito passou a publicar em um novo formato a partir de 2020. "Ainda não tínhamos conseguido fazer com que os autores percebessem a importância de publicar em formato e-book. Muita gente, erroneamente, acredita que e-books não são livros, não tem a mesma importância ou são materiais de menor qualidade - esqueceu-se que o trabalho editorial para publicação de um livro físico ou de um e-book é o mesmo. O que muda mesmo é a ausência de impressão", explica Rid.

Para Angela, a publicação em e-book é uma ótima forma de construir um público de leitores e projetar mais vendas no futuro. "Inúmeros autores de renome nacional começaram dessa forma ou até mesmo disponibilizando sua obra de forma completamente gratuita. Criar um e-book é fornecer aos leitores uma nova oportunidade de leitura, com possibilidades infinitas inclusive de multimídias! Não existe essa conversa de que o e-book vai eliminar o livro físico, pelo contrário, temos visto e-book de sucesso se transformarem em livro físico pela solicitação dos leitores", atenta.

Diante disso, a editora segue com mais três lançamentos de e-books em breve. "Optamos por começar publicando contos nesse formato. Organizamos uma chamada e recebemos muito material de qualidade. Conseguimos selecionar cinco obras que se destacam pelos temas, estilo de escrita, desenvolvimento do enredo e composição de personagens para publicação. Recentemente publicamos 'A Guerra do Ébrio', do Ricardo Balbino, e 'três elogios', da Morgana Feijão, que tiveram uma boa receptividade. Logo lançaremos 'Vagante', de Ioná Sôza, um conto de fantasia que se passa em outra dimensão; 'As aranhas e o brutamontes', de Andressa Stradmann Perin, que aborda questões sobre violência doméstica e redes de apoio; e 'Adeodato: o homem que fugiu do inferno', de Nilson Cesar Fraga, que lança uma visão humanizada sobre um dia líderes da causa cabocla durante a Guerra do Contestado. Nosso objetivo é mostrar aos leitores que existe uma infinidade de temas que podem ser alvo da ficção", salienta Angela.

No futuro

Silvia salienta que o crescimento vem através da inovação. Nos últimos anos, a Êxito vivenciou muitos momentos de inovação, partindo da mudança da sede para um espaço maior e mais confortável, passando por mudanças editoriais, gráficas e comerciais, “até chegar nas mudanças tecnológicas, com a utilização de ferramentas administrativas, a criação do site da Revista Êxito e a venda online dos nossos livros”, explica.

De acordo com Rosi e Rid, os planos para o futuro segue um planejamento cauteloso para prever o atendimento adequado às demandas. “Não podemos pensar em crescimento apenas por si. É lógico que queremos crescer, mas entendemos este como um processo estruturado, em que degraus são vencidos a todo momento com responsabilidade. As revisões periódicas do Planejamento Estratégico tem nos mostrado que seguimos pelo caminho certo, com um passo de cada vez e muita avaliação do mercado”, pontua.

E se já foi bom acompanhar essa trajetória até agora, mal podemos esperar pelos próximos 100.

 


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