A memória de quem viveu a história - Antonio Carlos “Bolinha” Pereira
Para falar da história recente devemos lembrar a importância do rádio e da tevê. E para estudá-la é necessário deixar passar o tempo, pois ele proporciona o distanciamento crítico necessário para avaliação.
O resgate de fatos recentes de Santa Catarina é feito num livro maravilhoso que recebi: "Acaert 40 anos - a memória de quem viveu a história", escrito por Carlos Stegemann e publicado nos 40 anos de existência da Acaert, Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão.
Carlos já tinha estado em nossa cidade em setembro 2016, e em janeiro do ano seguinte veio para escrever texto sobre os 50 anos da CDL local para o livro do centenário de Joaçaba. Minuciosa pesquisa foi realizada por ele e por Roberto Kreitchmann, que em 2015 me solicitara um depoimento sobre nosso ilustre conterrâneo Rogério Sganzerla, material destacado no livro.
Em forma de reportagem, o autor narra acontecimentos importantes e impactantes com a propriedade de quem conhece e viveu esses momentos, entrevistando participantes e profissionais dos meios de comunicação que os registraram.
A obra, escrita em linguajar elegante, lembra um caleidoscópio ao apresentar combinações variadas e ricas em detalhes, elencando cronologicamente os assuntos mais importantes de 1980 em diante. Os esportes dominam, mas tragédias e forças da natureza ganham evidência, assim como a política - desde a escolha dos nossos representantes nas eleições até as tentativas de retirá-los da vida pública por processos de impeachment.
Capital e litoral dominam a cena, mas também estamos na memória da radiodifusão: Concórdia e o pioneiro da agroindústria Attilio Fontana; Xaxim inaugura a urna eletrônica em 1995; Xanxerê e o tornado de 2015; Descanso e a morte de 27 pessoas na rodovia; as conquistas da Chapecoense e a tragédia do voo para a Bolívia em 2016, que vitimou atletas, dirigentes, tripulantes e 21 profissionais da imprensa.
Joaçaba sempre recebeu especial atenção da associação, que foi presidida entre 1995 e 1998 por nosso conterrâneo Paulo Velloso. A entidade distinguiu como Comendador o jornalista joaçabense Adolfo Zigelli (representado por seu mano Walter), e o camponovense Ailton Viel, nome bem conhecido.
Joaçaba aparece na cobertura da greve dos caminhoneiros por Marcelo Santos, da Rádio Catarinense, radialista premiado com o microfone de ouro. O jornalista Mário Motta foi premiado duplamente, por sua atuação em rádio e televisão. Eu fui homenageado nas páginas 98 a 100, pelo programa de rádio “50 Anos Sem Noel Rosa”, que apresentei com Rogério Sganzerla em 1987 na extinta rádio Transoeste FM.
Com gratidão envio abraços ao Sr. Silvano Silva, presidente da Acaert, e aos amigos Roberto e Carlos – de quem ganhei uma dedicatória chique: “Querido Bolinha, faltam palavras para te agradecer e reconhecer tua estatura profissional! Parabéns, obrigado e um abraço, Carlos Stegemann”
Leia na íntegra em http://www.osdiscosdobolinha.blogspot.com/
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