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O desafio de organizar um orçamento familiar


Com salários que não acompanham as altas dos preços, manter as contas em dia é uma luta constante. Mas será que você sabe identificar quem é o vilão do seu orçamento? Será que os seus gastos realmente se encaixam no seu bolso? Conversamos com um economista para responder estas dúvidas e ainda trazer dicas de como poupar algum dinheiro para emergências.

Por conta da pandemia, os desafios enfrentados pelas famílias brasileiras foram intensificados.  Entre eles, tem um que tira o sono de muita gente: a organização do orçamento familiar. Em tempos de recorde de desemprego, alta crescente de preços, achatamento dos salários, como conseguir manter as contas em dia e ainda poupar dinheiro? 

Resposta mágica não existe, isso é fato! Mas, é possível adotar alguns comportamentos que podem ajudar na hora de lidar com o orçamento da casa e, quem sabe, até mesmo conseguir guardar dinheiro para os imprevistos. "O ideal seria que tivéssemos dinheiro para tudo que almejamos, mas isso não existe, infelizmente não é a realidade do povo brasileiro", comenta o economista Sidnei Pereira do Nascimento. contas

Para ele, a dica principal é ter real consciência de todos os gastos da casa para conseguir saber se eles cabem dentro do orçamento disponível. "Faça planilhas mensais elencando todos os itens que são essenciais na sua casa, coloque os respectivos valores que você gasta com cada um deles. Depois, some. Esse será o valor dos seus gastos, então você poderá verificar se está dentro do orçamento", explica Nascimento.  

Seja em uma planilha do excel, em algum aplicativo que auxilia na organização ou na velha e boa anotação com papel e caneta, o importante é saber quanto se gasta e com o quê. Segundo o especialista, quando você coloca os gastos no papel, consegue observá-los de fato e perceber itens que podem ser cortados – ou substituídos por outros mais baratos – nos momentos em que é preciso readequar o orçamento. 

Outra dica do economista é para os profissionais que não têm renda fixa: “não conte com algo que ainda não aconteceu e poderá ocorrer. Lide sempre com a realidade do dia a dia. Considere como orçamento uma média da renda dos últimos meses”. 

Cuidado com o vilão 

Quando o assunto é economia, o grande vilão das famílias brasileiras é o cartão de crédito. A falsa sensação de poder de compra, chega no final do mês em forma de fatura e, muitas vezes, a escolha do pagamento mínimo é o início da criação de uma bola de neve. 

“Em relação ao cartão de crédito, você deve se fazer uma pergunta: eu consigo controlar as minhas compras com o cartão de crédito? Se sim, mantém. Se não, a recomendação é que não tenha um”, afirma Sidnei Pereira do Nascimento.  

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Guarde dinheiro, ainda que pouco

E é claro que no “orçamento familiar perfeito” não pode faltar o valor destinado a poupança. Mas, como fazer isso, sendo que o salário não acompanha o aumento dos preços do mercado ou da gasolina – isso quando ainda se tem um salário? “Sabemos que, neste momento, muitas famílias estão sem renda. Com a pandemia, a situação ficou fora de controle para muita gente. Nesse caso, é óbvio que não tem como guardar dinheiro. Porém, a dica de guardar dinheiro permanece, guarde qualquer valor, por menor que seja, assim que recuperar os ganhos”, recomenda o economista.

Como é difícil poupar naturalmente, uma boa sugestão é estabelecer um valor fixo por mês e guarda-lo em uma conta específica, destinada só para isso e que você não use constantemente. Guardar dinheiro hoje é uma forma de garantir segurança no futuro: "Situações adversas podem acontecer a qualquer momento e as famílias que têm alguma poupança sofrem menos”, finaliza Nascimento. 

 

Fiama Heloisa

 


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