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O amor pela ciência rompendo fronteiras


 A ciência inova. Tem o poder de nos transportar para uma realidade que nunca esperamos viver. Os cientistas são sonhadores que amam a lógica. Que pensam no futuro o planejando milimetricamente. De Salto Veloso a Florianópolis, com destino certo a Dubna na Rússia, Betânia Camille Tumelero Backes bacharelando em Física pela Universidade Federal de Santa Catarina, descobriu um mundo novo cheio de possibilidades longe de casa e trouxe na bagagem o amor pela ciência, misturado com o conhecimento adquirido e aliado a novos sonhos.

 

 

O que buscou nesta viagem e como a Rússia chegou até você?

Na minha área de estudo existe uma variedade de instituições que visa dar oportunidades a jovens cientistas, os atraindo para ambiente de trabalho e produção científica de alto nível. Todos os anos a Joint Institute for Nuclear Research – JINR, em Dubna na Rússia, promove um programa estudantil de verão para o qual são selecionados estudantes de diversas partes do mundo que estejam no fim da graduação ou início do mestrado. Os currículos são avaliados e os selecionados viajam até Dubna com todos os custos arcados pelo Instituto para permanecer por um período de seis a oito semanas trabalhando diretamente com projetos de pesquisa desenvolvidos na JINR. Quando me inscrevi buscava ampliar meus horizontes sobre a pesquisa científica, ter contato direto como ela é feira fora do Brasil em um ambiente que recebe muito recurso e produz muito conhecimento. Esse ano, tive o prazer de ser um dos sessenta e três estudantes selecionados e passei seis semanas na Rússia trabalhando na área física de altas energias.

 

Que tipo de contribuições a viagem trouxe para o seu dia?

Tendo contato direto e trabalhando na prática com ciência de fronte foi possível ampliar muito minha visão sobre como ocorre a produção cientifica. O lema da JINR é: “A ciência une nações. Dessa forma o instituto é composto por profissionais de diversos países e conviver com essas pessoas de origens e culturas tão diferentes em um ambiente em que a produção acadêmica e a vida cientifica são muito valorizadas, foi uma experiência gratificante. Permanecer em um ambiente tão rico em diversidade fez com que eu saísse da minha zona de conforto, extraindo experiência positivas que foram de grande aplicação no meu dia a dia. O tempo que passei no instituto fez com que eu valorizasse ainda mais o trabalho dos cientistas brasileiros, que mesmo com recursos e estímulos menores são capazes de manter-se no mesmo patamar dos internacionais. Além de todas as contribuições culturais e diferentes visões de mundo a viagem me conferiu uma grande bagagem técnica e teórica relacionada a pesquisas de ponta de ferramentas de trabalho na área de Física.

 

Que dicas você daria para quem realiza viagens como esta?

É preciso ficar atendo ás oportunidades em suas áreas de atuação e buscá-las, estando sempre dispostos a aprender. Além de manter um alto nível para que possa ser chamado quando essas oportunidades surgirem. Dedicar-se ao máximo e ter interesse genuíno no que se faz são comportamentos que abrem muitas portas para quem busca viagens de trabalho ou estudo. No decorrer da viagem esteja aberto a troca de experiências e conhecimento e mantenha-se ciente de que por vezes é preciso abrir mão do lazer para que se possa usufruir na totalidade do crescimento pessoal que aquele ambiente pode proporcionar.


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