Para tudo existe um porquê
Ah a gramática, tão perfeita para alguns e tão complexa para os outros. Entre tantas regras e macetes não fica tão difícil assim de compreender tudo (palavra de redator). Umas das dúvidas mais antigas da humanidade está em como empregar os quatro tipos de porquês. Eles parecem tão assustadores à primeira vista, mas fazem todo o sentido no final. Vem com a gente e tire suas dúvidas.
Lembro que quando comecei a apender sobre a diferença entre os porquês, me questionei: “ué, porque existem quatro varrições, se eles são a mesma palavra e querem dizer a mesma coisa?” Bén! Alternativa errada. Primeira desconstrução, você precisa parar de analisar os porquês como “uma coisa só”, eles querem dizer coisas diferentes, por isso são (pasmem) diferentes.
Pois bem, vamos aos fatos. Qual a diferença entre os porquês, e qual a sua finalidade.
O Por que (separado e sem acento), possui duas formas de ser empregado.
Pode ser utilizado quando for a junção da preposição (fenômeno que liga dois elementos de uma frase, estabelecendo uma relação entre eles) “por” com o pronome (classe de palavras que substituem ou acompanham os substantivos) “que”, tendo o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”. (Ex: Por que você não irá ao cinema? – podendo ser substituído pela oração: por qual razão).
Quando for a junção da preposição “por” e pronome relativo “que”, significando “pelo qual”, tendo flexão entre: pela qual, pelos quais, pelas quais (Ex: Os lugares por que passamos eram maravilhosos). Geralmente é empregado no início de frases interrogativas diretas e indiretas e em substituição à expressão “pelo qual”.
O Por quê (separado e com acento) é utilizado quando vier antes de um ponto seja ele final, de interrogação, de exclamação ou até mesmo reticências. Sua grafia é utilizada com acento, pois devido a frase, o monossílabo “que”, passa a ser tônico. Continua com o sentido de “por qual motivo”, “por qual razão” e é utilizado no final de frases. (Ex: Vocês não leram todos os livros. Por quê? / Estudei muito essa noite. Sabe por quê?)
O Porque (junto e sem acento) é uma conjunção (termo que liga duas orações ou palavras de mesmo valor gramatical, estabelecendo assim uma relação entre elas), equivalente a “pois”, “já que”, “uma vez que” e “como”. Sua aplicação costuma aparecer em respostas ou para explicações e causa. (Ex: Não vou ao cinema com você hoje porque é aniversário da minha mãe).
O Porquê (junto e com acento) é substantivo (É aquilo de designa a própria substância, a essência, a matéria. Gramaticalmente é qualquer palavra que nomeia tudo que existe. É tudo que dá nome aos seres e a tudo que vemos, ouvimos, sentimos e imaginamos) e tem como significado “motivo” ou “razão” e vem acompanhados de algum determinante como: artigo, pronome, adjetivo ou numeral. Esse porquê pode ser classificado como o “nome” dos porquês, toda vez que formos falar dele como se fosse uma pessoa, o utilizamos dessa forma. (Ex: Me diga um porquê, para não fazer o que desejo/ Existem muitos porquês para justificar esta atitude).
Falar dos porquês, é mais uma questão de memorização. Se você memorizar essas pequenas regras a dificuldade vai sumir e você conseguirá fazer uma amizade longa e duradoura com os porquês.
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